10 de mai. de 2009

Surpresa, alegrias e renovação

Meus 29 anos teve um sabor especial, único, emocionante!!!!

Pela primeira vez, ganhei uma festa surpresa. Realmente 2009 tem sido um ano de grandes conquistas, descobertas e caminhos mais e mais felizes. Sinto-me privilegiada de estar aonde estou e ter essa fluidez de energia com a moçada da faculdade!!!!!



Mais uma vez obrigada!!!

7 de mai. de 2009

Sobre conformismo e superação

Bem...hoje resolvi manifestar minha postura quanto ao que eu considero esconder-se para o mundo. Foi em fevereiro/2009, quando recebi a notícia de que poderia realizar um sonho que nasceu ainda na faculdade e que era partilhado por todos: ser docente do curso de Arquitetura e Urbanismo.
Não foi uma possibilidade planejada, nem um sonho despertado, simplesmente as coisas aconteceram...mas algumas coisas tinham que ser resolvidas, pois teria que me dividir entre dois lugares, ou melhor, compartilhar meia semana em Goiânia, um pouco na estrada e outra metade em Londrina. Puxa! Será que ela endoideceu de vez, diriam os mais céticos? ou ainda, para que todo esse trabalhão se você não precisa de grana assim, para se submeter a ficar mais na estrada do que na sua própria casa?
Além do mais, colocariam em xeque a minha sólida relação com meu marido (aliás, uma das poucas pessoas que sabiam exatamente o significado de tudo que estava acontecendo e, portanto, me deu forças para ir à luta).
Pois é, caros amigos, foi uma avalanche de obstáculos, dentre os quais as relações financeiras. Para os reducionistas ou simplistas, digamos assim, o fator GRANA está acima de qualquer outra coisa, mas por quê? É aqui que realmente começa o meu desabafo...rs

Vejamos de um ponto de vista mais amplo: será que as políticas assistencialistas são fatores de estímulo ao conformismo, uma vez que não há rígidas regras para receber as famosas "bolsas sociais"? Aliás, é necessário que a pessoa não trabalhe, ou não tenha uma renda digna para ser um candidato potencial.
Tudo bem, não quero aqui julgar os beneficiados, mas sim os beneficiários, ou seja, aqueles que definem e regem a administração das bolsas. Não seria, pois, mais produtivo realizar cursos de capacitação, incentivar o estudo ou, até mesmo e, porque não, o desenvolvimento e a criatividade para alavancar o crescimento do país?
Ah! mais isso dá muito trabalho, tem-se que dispor de tempo e, acima de tudo, QUERER para que outras pessoas possam ter uma vida mais digna. Aí opta-se pela continuidade de um programa que de nada modifica a vida das pessoas a longo prazo, tornando-as dependente de um conformismo burocrático e sem propósitos de políticas sociais, no âmago do termo. Assim, retomando, pensemos sobre o estímulo que é dado aos estudantes de cursos de pós graduação, cujo conceito da CAPES é o mínimo (3):
primeiramente, se o curso tem o conceito mínimo, supõe-se que ele necessite de uma espécie de "bolsa social" para promover-se, atendendo de forma mais contundente as determinações da própria CAPES,ou seja, avançar para conceitos 4, 5 ou 6...
Para isso, teríamos que ter meios de distribuir os incentivos entre os alunos, tendo como contrapartida a contribuição discente para essa dura jornada. No entanto, parece mais fácil, cômodo contentar-se com o mínimo do mínimo para angariar fundos, pois sendo "mais necessitados" sempre apareceram fundações, autarquias, entre outras instituições dispostas a ser beneficiárias, estipulando cotas.
Na contramão disso, se dessas cotas houver resultados positivos, as chances do curso conseguir o conceito 4 aumentam e, por conseguinte, arrisca-se a não precisar mais dessas cotas.
Será que se conformar com as migalhas, não arriscar-se é mais proveitoso do que ir a luta, por a cara a tapa e conquistar novos caminhos?

Então, resumindo, fui, de certa forma, intimidada a não aceitar o contrato, pois estaria sujeita a perder a bolsa recém conquistada pelo programa, do qual faço parte. Como o fizeram? Impedindo-me de continuar com a cota, pois isso poderia balançar minha decisão e levar-me a ficar em casa, esperando alguma angaria de alguém que achasse que eu merecesse, mas eu não me deixei abalar e segui os meus sentimentos, e, depois de dois meses, posso dizer: SIM, ESTÁ VALENDO A PENA! SIM, EU NÃO PRECISO DE MIGALHAS PARA VIVER E NÃO TENHO MEDO DE LUTAR!

Além do mais, estou aprendendo com a vida, com as pessoas que estão aparecendo na minha vida, e, mais que isso, realizando um sonho. Sentir-se realizado não tem preço, não tem distância, não tem como descrever. Enfim, só podemos julgar qualquer coisa, quando já experimentada, avaliando ao invés de preconceber ou de lançar preconceitos. Se eu vou terminar o mestrado? Ah! mas é claro que sim, muito mais porque eu quero do que por obrigação e aos mais céticos: EU ESTOU NA ESTRADA E NÃO TEREI MEDO DE ENFRENTAR AS ADVERSIDADES MAIS DURAS.

Por que hoje escrevo essas tortuosas linhas? Porque me sinto forte, livre de um sentimento de revolta, e, acima de tudo, imensamente feliz pelo trabalho que tenho feito! Seja como for, VALEU A PENA, pois tornei-me mais guerreira que antes, mais determinada.

Sandra Catharinne Pantaleão
07/05/2009