![]() |
esquemas de estrutura forma da cidade e sua relação com a casa. |
Sendo assim não podemos, então, imaginar uma arquitetura sem cidade e nem mesmo uma cidade sem arquitetura.
![]() |
Sistema de cluster urbanos, desenvolvido pelo casal Smithson |
Ao tratar de 4 grandes temas, que se desdobram em vertentes e/ou correntes pós modernas não estaríamos falando de uma revisão de que o desprendimento do significado estava em destituir a arquitetura de uma função exclusiva e universal, atemporal e, por vezes, desconectada de seu suporte físico?
O primeiro tema, a história e o historicismo, revelam a busca por um norte, um horizonte que ficou delimitado no passado pelo estilo, modelo e o tipo. O primeiro reduzido à superfície da composição formal, reconhecendo o elemento mínimo, no caso a referência de identificação do modelo que poderia ser aplicado como pastiche e uma certa ironia ao culto historiscita da corrente contextualista. Esta, por sua vez, defende uma arquitetura inserida e harmônica, que respeite a história e o legado de tempos anteriores. Falamos, neste caso, da preocupação em conferir à cidade o todo como símbolo e não apenas como figura reduzida de um tempo histórico, o qual poderíamos aproximar da ideia de ícone, conforme a tríade de Pierce, em suas delimitações teóricas da Semiótica.

O fascínio em desvelar a estrutura organizativa da cidade como registro do tempo, de adequá-la às transformações que o pós guerra exigia, bem como o avanço das novas tecnologias, aflorou, mais uma vez na Itália [e por que não?] o forte apego à tradição clássica, retomando o método normativo do movimento moderno e dos estilos clássicos [grego, renascimento e neoclássico] nas obras dos anos 1960-1970, de forma tal que há um aprofundamento em defensa da idéia de uma estrutura mais ou menos fixa, que é referencial de projeto e possibilita a reinterpretação da história, contextualizada à realidade. Parte-se, portanto, de um modelo idealizado que seria a ideia do funcionalismo ingênuo atribuído por Aldo Rossi (1966) ao Movimento Moderno, buscando ligar à história as próprias transformações: há uma nítida necessidade de encontrar uma referência, ainda que abstrata para a arquitetura como expressão dotada de valor estético.
Isso porque a referência ou a ideia central do Movimento Moderno havia sido abalada. A estética da máquina revelou-se desprendida do território, pois, se olharmos com mais cuidado a sua difusão, poderemos verificar variações, sutis ou mais intensas, como é o caso brasileiro, onde tradição e modernidade possibilitam novas interpretações.
Temos na postura do resgate da história e do historicismo, portanto, vertentes distintas e que se manifestaram em diversos pontos do globo, o que, em seguida permitirá entender as discussões acerca do sentido da arquitetura, retratando a ênfase à forma e conteúdo. Qual é o significado que aquela estrutura compositiva permite? Ou ainda como a construtibilidade pode ter uma expressão plástica?
Os caminhos foram abertos pela crise, uma vez que há um tendência em repensar o papel da arquitetura como manifestação cultural e, com isso, a teoria uma investigação do processo de projeto, isto é, esmiuçar como esta manifestação cultural é construída, como pode ser vista como conhecimento. [continua em breve...]
a utilização destas ideias é livre, desde que seja referenciada. A opinião aqui é de responsabilidade exclusiva das reflexões que o ensino em arquitetura permite, não sendo ainda uma verdade absoluta e incontestável.
Este texto é de autoria Sandra Catharinne Pantaleão Resende.
Professora do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UEG e PUC-GO.
Doutoranda em Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo [PPG-FAU-UnB].
Centro Cívico Esportivo e Arena Nacional dos Jogos de 2013, na China, do escritório norte-americano Emergent Tom Wiscombe |
O primeiro tema, a história e o historicismo, revelam a busca por um norte, um horizonte que ficou delimitado no passado pelo estilo, modelo e o tipo. O primeiro reduzido à superfície da composição formal, reconhecendo o elemento mínimo, no caso a referência de identificação do modelo que poderia ser aplicado como pastiche e uma certa ironia ao culto historiscita da corrente contextualista. Esta, por sua vez, defende uma arquitetura inserida e harmônica, que respeite a história e o legado de tempos anteriores. Falamos, neste caso, da preocupação em conferir à cidade o todo como símbolo e não apenas como figura reduzida de um tempo histórico, o qual poderíamos aproximar da ideia de ícone, conforme a tríade de Pierce, em suas delimitações teóricas da Semiótica.
![]() |
Piazza d'Italia - Charles Moore - arquitetura e ícone - aplicação de elementos estilísticos. |
Teatro del Mondo, Aldo Rossi, 1979. o símbolo como referente da história e da cidade - o contexto do signo e do significante
O fascínio em desvelar a estrutura organizativa da cidade como registro do tempo, de adequá-la às transformações que o pós guerra exigia, bem como o avanço das novas tecnologias, aflorou, mais uma vez na Itália [e por que não?] o forte apego à tradição clássica, retomando o método normativo do movimento moderno e dos estilos clássicos [grego, renascimento e neoclássico] nas obras dos anos 1960-1970, de forma tal que há um aprofundamento em defensa da idéia de uma estrutura mais ou menos fixa, que é referencial de projeto e possibilita a reinterpretação da história, contextualizada à realidade. Parte-se, portanto, de um modelo idealizado que seria a ideia do funcionalismo ingênuo atribuído por Aldo Rossi (1966) ao Movimento Moderno, buscando ligar à história as próprias transformações: há uma nítida necessidade de encontrar uma referência, ainda que abstrata para a arquitetura como expressão dotada de valor estético.
Isso porque a referência ou a ideia central do Movimento Moderno havia sido abalada. A estética da máquina revelou-se desprendida do território, pois, se olharmos com mais cuidado a sua difusão, poderemos verificar variações, sutis ou mais intensas, como é o caso brasileiro, onde tradição e modernidade possibilitam novas interpretações.
Temos na postura do resgate da história e do historicismo, portanto, vertentes distintas e que se manifestaram em diversos pontos do globo, o que, em seguida permitirá entender as discussões acerca do sentido da arquitetura, retratando a ênfase à forma e conteúdo. Qual é o significado que aquela estrutura compositiva permite? Ou ainda como a construtibilidade pode ter uma expressão plástica?
Os caminhos foram abertos pela crise, uma vez que há um tendência em repensar o papel da arquitetura como manifestação cultural e, com isso, a teoria uma investigação do processo de projeto, isto é, esmiuçar como esta manifestação cultural é construída, como pode ser vista como conhecimento. [continua em breve...]
a utilização destas ideias é livre, desde que seja referenciada. A opinião aqui é de responsabilidade exclusiva das reflexões que o ensino em arquitetura permite, não sendo ainda uma verdade absoluta e incontestável.
Este texto é de autoria Sandra Catharinne Pantaleão Resende.
Professora do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UEG e PUC-GO.
Doutoranda em Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo [PPG-FAU-UnB].
Nenhum comentário:
Postar um comentário